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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Nota da União Catarinense dos Estudantes sobre a segunda reunião da diretoria executiva:

Primeiramente, sobre os leilões do petróleo.
A campanha “O petróleo é nosso" é talvez, a bandeira mais antiga levantada pela UNE e pelas UEE's de todo país. Entendemos que o petróleo é uma fonte muito rica para uma nação, e os rendimentos do pré-sal serão de grande valia para investimentos na educação e na saúde e até mesmo no aprimoramento de meios de energia renovável. Nessa última semana ocorreu o leilão do campo de libra e, além da PETROBRAS, mais quatro multinacionais usufruirão do petróleo deste campo: Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC (10%). Deixamos, mais uma vez, o capital estrangeiro pôr as mãos num produto que é nosso, ferindo gravemente a soberania nacional. Nosso papel agora, como jovens e estudantes, é o de cobrar de nosso governo o investimento na educação e saúde, do valor arrecadado no leilão, para que dessa forma, possamos ter parte de nossas riquezas voltadas à nação brasileira. Segundo o governo brasileiro, um dos motivos para o leilão ter sido realizado, foi por causa da falta de tecnologia por parte da PETROBRAS para a exploração do material. Logo, entendemos que, o montante adquirido do leilão, poderia também, ser investido nesse ramo, aprimorando além da tecnologia, a valorização do trabalhador brasileiro e o fortalecimento da própria PETROBRAS, para que possua autonomia na exploração do petróleo brasileiro.

A UCE é contra os novos leilões de petróleo e gás natural, juntamente com a UNE, lutará para que esse episódio não se repita e lutaremos também, pela PETROBRAS 100% estatal e pelo monopólio estatal do petróleo!
#OPetróleoÉNosso

Quanto ao governo Colombo.
Ao longo desses quase três anos em que Santa Catarina está sob o governo de Raimundo Colombo, sofremos não pela estagnação, mas sim pelo retrocesso no desenvolvimento de nosso estado. A situação na educação é crítica. Nossos colégios estaduais estão abandonados, e o ensino básico não vem atingindo nível satisfatório. Em Lages, por exemplo, o colégio Aristiliano Ramos está prestes a ser demolido, sendo que por anos não recebeu manutenção e o argumento de que a restauração custaria muito aos cofres públicos é o motivo para o fortalecimento da derrubada da instituição.
A única universidade pública estadual, a UDESC, está ruindo e oferecendo risco à integridade de seus alunos e funcionários. Duas unidades tiveram desabamento do teto, sendo que numa delas, isso ocorreu durante o período de aula. E o curso de medicina veterinária, no município de Lages, por pouco não perdeu seu hospital veterinário, por falta de recursos para funcionamento, prejudicando a formação dos futuros profissionais da área.
Os professores também vêm sofrendo com o descaso e desvalorização, sem reconhecimento por seu magnífico trabalho em formar cidadãos. Seus salários são baixos, e não recebem incentivos à formação. Tanto que a porcentagem de professores da rede estadual, que possuem pós-graduação e mestrado, é baixíssima. 
A saúde está à mercê das empresas privadas e Organizações Sociais, pois o órgão público responsável por esse setor tão importante parece tê-la abandonado. Desde a saúde básica, até atendimentos mais delicados e com maior exigência como câncer, por exemplo, são insuficientes à sua demanda.

Temos consciência de que o atual governo do estado não representa a população catarinense e nem está atuando em prol da mesma. Nosso povo necessita, não da privatização, mas sim, da melhoria na execução dos serviços públicos. As escolas estaduais devem ser reformadas imediatamente e de forma digna, para que a situação atual, de sucateamento da educação pública não seja perpetuada, que seja garantido o piso salarial aos professores, que a UDESC seja devidamente reformada e receba os investimentos necessários para que não haja novamente interrupção das aulas por conta do desrespeito do governo do estado para com os estudantes. Queremos que o SUS atenda efetivamente a toda população, que o número de unidades hospitalares seja ampliado, evitando filas e o descaso com os cidadãos. Que seja suprimida a ação de entidades privadas e organizações sociais dentro das unidades públicas de saúde, e que seja garantido o direito de um atendimento de qualidade a cada habitante de nosso estado.

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