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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Aconteceu no último domingo (29), a primeira reunião da diretoria plena da União Catarinense dos Estudantes. Dentre os vários pontos discutidos, foram planejados os trabalhos a serem realizados para o semestre corrente e o primeiro semestre... de 2014. Segue a carta da reunião:

Carta da primeira reunião da diretoria plena da UCE

A velocidade dos acontecimentos experimentados nos últimos tempos coloca diante de nós um complexo desafio acerca da conjuntura política e a defesa dos direitos e conquistas da juventude e da classe trabalhadora em geral. Se por um lado os últimos 10 anos de governos identificados com as questões sociais contribuíram em melhorias nas condições de vida, por outro é necessário reorganizar a luta e construir mecanismos de participação popular.
A pressão exercida pelas jornadas de junho\julho já pode ser traduzida em conquistas importantes como os 10% do PIB pra educação e 50% do fundo social do pré-sal para investimento também em educação. Porém, os gatilhos que travam a nossa democracia continuam atados e com uma perigosa possibilidade de se manterem intactos caso a disputa social não ocorra. O grande exemplo disso é a não realização da reforma política que transforma o processo político eleitoral em um grande balcão de negócios servindo como correia de transmissão de promíscuos interesses privados do grande capital.
O governo federal se equivoca quando propõe essa modalidade para gerir essa riqueza tão preciosa da nação. É necessário continuar a luta e denunciar os leilões do petróleo para as grandes multinacionais e investi-lo em divisas 100% públicas fomentando e desenvolvendo tecnologia nacional. Os recursos naturais são do povo brasileiro e deve servir para garantir o desenvolvimento do povo brasileiro!
A presidenta Dilma, de maneira corajosa, respondeu de forma razoavelmente satisfatória o descontentamento das ruas que exigiam melhores condições de vida como o direito a cidade, por tarifa zero, aperfeiçoamento das nossas instituições, o fim da corrupção e a desmilitarização da PM. Imediatamente os meios tradicionais de comunicação, a direita conservadora e o principal partido da base “aliada” do governo reagiram violentamente contra. Disto, devemos tirar dois elementos fundamentais: a) a força e a capacidade de influência do conservadorismo brasileiro e b) o esgotamento da política de alianças adotada por este governo.
Sem uma reforma política que atinja a raiz da questão das relações de poder no nosso país, como o financiamento público de campanha, lista pré-ordenadas e critérios melhor definidos para a criação de novos partidos, a crise se aprofundará.
Não é diferente no nosso Estado. As oligarquias regionais se equilibram em interesses provincianos para a manutenção das benesses proporcionadas pela gestão. Diferente de outros estados, onde a pressão popular fez reduzir a tarifa dos transportes, o governador de Santa Catarina se recusou atender a pauta das ruas.
Por isso, a união catarinense dos estudantes, reunida no ultimo dia 29 de setembro, manifesta a sua disposição em lutar ao lado dos trabalhadores\as e movimentos populares fazendo um chamado a todas as organizações políticas progressistas a construir uma alternativa a essa situação. Precisamos de uma alternativa de esquerda no Estado de Santa Catarina que enterre de vez a truculência e feudalismo arraigado nas nossas instituições e prepare-o para o futuro, atendendo as demandas populares e da juventude como o direito a educação, saúde, lazer etc.
Estamos convencidos/as de que só através da luta política e da mobilização permanente seremos capazes de derrotar o que há de mais atrasado na política nacional e catarinense.
Não aos leilões do petróleo!
Passe-livre para estudantes e desempregados/as já!
Contra as políticas do governo Colombo, por um governo do campo democrático e popular!
Desmilitarização da PM já!
Por mais participação social da juventude catarinense! Por um Conselho estadual de Juventude amplo e deliberativo.
Por (regulamentação do ensino pago) sistema privado de ensino, que não seja um balcão de venda de diplomas.
Construir uma agenda de debate pela reforma política em todas as universidades.
Lutar por uma Universidade Democrática e Popular !
Pela democratização dos meios de comunicação!
Pela defesa ao acesso e permanência na universidade por meio da assistência estudantil
Florianópolis, 29 de setembro de 2013.
Reunião da diretoria plena da UCE.
 

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