Nessa
quinta-feira (11/7), data batizada como o Dia Nacional de Luta das
Centrais, estudantes e trabalhadores unidos fecharam as principais avenidas de Santa Catarina.
Tanto na
capital como no interior do estado, trabalhadores da
cidade e do campo foram às ruas para se manifestarem de forma pacífica
contra a atual política econômica, a redução dos juros, mais
investimento em saúde, transporte e educação.
A manifestação no estado reuniu várias categorias profissionais.
Servidores públicos, professores, metalúrgicos, motoboys, trabalhadores
dos Correios, do saneamento, bancários e estudantes realizaram
manifestações em defesa da redução da jornada de trabalho; do fim do
fator previdenciário; reforma agrária; reforma política; 10% do PIB para
educação pública; fim dos leilões do petróleo; fim do projeto de Lei
que amplia a terceirização, transporte público de qualidade e reajuste
digno para os aposentados. Os atos foram organizados pela CUT, CTB,
Força Sindical, Conlutas, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Intersindical, União Geral dos
Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e
União Catarinense dos Estudantes outras centrais sindicais.
Para a presidenta da UNE, Vic Barros, hoje foi o dia de trabalhadores
do campo, estudantes universitários e secundaristas dizer que não
admitem retrocesso e que querem mais. “Estamos aqui para defender o
Brasil, a soberania nacional, uma redução dos juros, e mais investimento
na educação através da garantia dos royalties do petróleo e 50% do
Fundo Social do Pré-Sal”, afirmou.
Para o presidente da UCE - SC, Dérique Hohn, destacou a importância da
união entre os estudantes e os movimentos do campo e da cidade. “Os estudantes nunca
deixaram de estar nas ruas e foi lá que conseguimos muitos direitos nos
últimos anos. A hora é se unir para avançar mais”, disse.
Política Econômica
O ato realizado nesta quinta-feira pelas centrais sindicais do País
foi também contra a política econômica vigente no país. “É excrescência
aumentar a taxa de juros e punir a produção e o crescimento”, afirmou o
presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, citando a reunião de ontem
do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a taxa Selic para
8,5% ao ano.
A UGT também condenou a decisão Copom em aumentar a taxa selic. De
acordo com o presidente da entidade, Ricardo Patah, esse é o terceiro
aumento deste ano e também o terceiro golpe da equipe econômica contra a
produção e os empregos dos trabalhadores. “Ao estabelecer um novo
aumento dos juros o Banco Central sinaliza que não mede esforços para
atender o setor especulativo, mesmo que isso custe os empregos dos
trabalhadores. Aumentar o juro foi mais uma decisão equivocada e
demonstra que o Banco Central é um barco a deriva cujo comandante
enlouquecido decidiu fuzilar a tripulação na tentativa de encontra o
rumo”, divulgaram em nota.
O vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana disse que o ato de hoje
teve uma pauta definida e um objetivo claro: “Travar negociação com o
governo federal e o Congresso Nacional a respeito de nossas bandeiras de
luta”, disse.
O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, o
Paulinho (PDT), disse que as centrais farão uma reunião amanhã pela
manhã na sede da Força Sindical e devem fixar um prazo para que a
presidente Dilma Rousseff atenda às reivindicações dos trabalhadores.
“Senão, vamos começar a organizar uma greve geral”, afirmou.
União Catarinense dos Estudantes e União Nacional dos Estudantes
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