O Movimento FURB Federal foi
oficializado em 2002, mas a luta por uma Universidade Federal no Vale do Itajaí
conta com mais de 20 anos. Entendemos que o Ensino Superior público e de
qualidade deve ser financiado pelo Estado e é chave inquestionável para o
desenvolvimento da região e do Brasil como um todo. Por isso, quando o Governo
Federal anunciou em 2003 um novo plano de expansão do Ensino Superior, o
Movimento pela Federalização da FURB entendeu como uma nova oportunidade de
consolidar as conquistas regionais no que se refere à Educação Superior. Desde
então, 11 anos se passaram, e entre altos e baixos, o Movimento encontra-se num
momento ímpar em sua história.
A Universidade não deve ser lugar
de mera reprodução das desigualdades sociais, mas sim um ambiente de
questionamento e propostas para que se promova a superação destes limites.
Neste âmbito, desde 1964, quando consolidada a Faculdade de Ciências Econômicas
de Blumenau, a região do Médio Vale do Itajaí foi testemunha de um avanço sem
precedentes no que diz respeito ao desenvolvimento regional e a riqueza subjetiva
da sociedade.
Sendo uma autarquia municipal, a
FURB (Fundação Universidade Regional de Blumenau) é de caráter público, o que
torna o alcance do PROUNI inviável no atual momento. Porém, a FURB sustenta a
segunda maior receita municipal depois da Prefeitura, o que torna inviável para
esta arcar com os custos do complexo, fazendo com quea Universidade mantenha
mensalidades que muitas vezes não podem ser bancadas pelos estudantes durante
todo o período de graduação.
Desde o início do Governo Lula
contamos com pelo menos duas universidades que seguem o modelo de expansão
também proposto pelo Movimento FURB Federal.Este modelo prevê cessão de
professores e servidores técnico-administrativos, e incorporação de alunos
pelos governos federal, estadual e municipal, conforme apêndice.
Em 2007, a Faculdade de
Odontologia de Nova Friburgo (FONF), que era mantida pela Autarquia Municipal
de Ensino Superior (AMES), foi incorporada pela Universidade Federal
Fluminense. Já em 2009, foi a vez do Centro Universitário Católico do Sudoeste
do Paraná (UNICS), uma universidade de caráter completamente privado, ser
federalizado e passar a ser um campus do Instituto Federal do Paraná.
Os exemplos comprovam que os
obstáculos à federalização da FURB não são jurídicos, mas políticos. A
federalização da FURB e a sua inserção na política pública de expansão do
Ensino Superior são legítimas e viáveis. Com ensino, pesquisa e extensão, a
FURB possui qualidade e estrutura para agregar quase 15 mil alunos ao Ensino
Superior público. Por isso acreditamos que a FURB, por ter forte inserção,
reconhecimento e ser de fato pública, embora não gratuita, deve poder
estabelecer em plenitude seu caráter de universidade pública.
O Comitê pró-Federalização da
FURB continuará lutando pela criação das condições políticas necessárias para
superar os obstáculos e as incompreensões que persistem, com a certeza da força
e da justeza do pleito.
A Educação é um direito de todos.
Com uma formação que possibilite às brasileiras e brasileiros o alcance aos recursos,
não apenas materiais, mas de riqueza subjetiva, é que transformaremos meros
expectadores da realidade em protagonistas de grandes transformações que
reverberarão também no campo social e na construção de um Brasil mais digno.
Momento de entrega da moção FURB FEDERAL ao Ministro da Educação
Convocamos a todos @s estudantes
do Brasil para se unirem à luta da expansão do alcance da Educação Superior
pública de qualidade e à luta pela FURB Federal!
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