Campanha
lançada dia 27/08 reúne sociedade civil, organizações e entidades do
movimento social por uma nova Lei de regulamentação da comunicação
Lançada no último dia 27 de agosto, a campanha “Para Expressar a Liberdade – Uma nova lei para um novo tempo”
reúne diversos setores em prol da aprovação de uma nova lei de
regulamentação da mídia que, entre outras coisas, democratize o setor no
país.
O lançamento da campanha marcou também os 50 anos do Código
Brasileiro de Telecomunicação – uma lei ultrapassada pela tecnologia e
pelo avanço dos direitos sociais, que perdura somente pelo lobby dos
empresários do setor e pela omissão do Estado brasileiro em sepultá-la.
A UNE acredita que a democratização dos meios de comunicação é hoje
uma das principais reformas pelas quais o país precisa passar: “A
regulamentação da mídia se vincula à necessidade de fortalecermos o
direito à liberdade de expressão, visto que os meios de comunicação no
Brasil, tanto na mídia impressa, como na audiovisual, estão concentrados
nas mãos de poucas famílias. Precisamos garantir que o volume de
informações que chega à população cotidianamente corresponda à
pluralidade e diversidade de visões de mundo que nosso povo apresenta”,
explicou a diretora de comunicação da entidade, Virgínia Barros.
Virgínia ressaltou, como efeito nocivo do monopólio da mídia, a
abordagem que a grande imprensa faz das ações dos movimentos sociais.
“Notamos que é comum a tentativa de criminalizar os movimentos sociais
em diversas ocasiões. É por isso que a UNE apoia o movimento ‘Para
expressar a liberdade’, como forma de unir os esforços da sociedade
civil por um novo marco regulatório da mídia que possibilite mais
espaços para as diversas visões de mundo”, disse.
Campanha leva debate a diversas cidades do país
O lançamento da campanha no dia 27, de forma irreverente e com muito
debate político, tomou as praças, praias, ruas, sindicatos e as redes
sociais. O dia de mobilizações começou de manhã, nas redes sociais, com
um tuitaço para denunciar a falta de pluralidade e diversidade nos meios
de comunicação brasileiros. A hashtag #paraexpressaraliberdade
transbordou as fronteiras nacionais e ganhou o mundo.
SP: Cortejo e Filosofia
Na cidade de São Paulo foi realizado um sepultamento simbólico.
Concentrados na Praça do Patriarca, manifestantes distribuíram panfletos
informativos para a população, realizaram um breve ato político e um
cortejo fúnebre que se encerrou em frente ao Teatro Municipal, com
direito a caixão e tudo mais.
Em seguida, um debate no sindicato dos jornalistas organizado pela
Frentex – Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e Liberdade de
Expressão – com a presença da professora de Filosofia da USP Marilena
Chauí, lançou oficialmente a campanha. Em debate da campanha, Marilena
Chauí afirma a importância de nova lei para as comunicações.
PE: Praia no Capiberibe
Em Recife, a galera se reuniu no domingo, 26, às margens do rio
Capibaribe transformado em praia. As entidades que defendem o direito à
comunicação em Pernambuco uniram-se ao movimento “Eu Quero Nadar no
Capibaribe e você?” para lançar a campanha “Para Expressar a Liberdade”
com festa. Em pleno domingo de sol, os manifestantes mostraram para a
população que liberdade de expressão tem tudo haver com muitas outras
lutas da sociedade. E que dá, sim, para unir militância e diversão.
Praia da liberdade de expressão lança campanha no Recife.
DF: Para expressar a liberdade é preciso igualdade
Racismo, pluralidade e diversidade na rádio e TV foram os principais
assuntos do lançamento da campanha em Brasília, que aconteceu com a
comemoração de 5 anos da Comissão de Jornalistas Pela Igualdade Racial
do Distrito Federal (Cojira-DF). Os dados sobre o racismo na mídia foram
apresentados pelo professor e cineasta Joel Zito. As pesquisas das
quais participou indicam que, em uma semana de programação (pouco mais
de 300 programas de variedade), apenas 3 programas tratavam sobre a
temática negra. Mas o mais alarmante, a porcentagem de apresentadores
eurodescendentes em telejornais chega a 93%. “A representação racial na
mídia deve corresponder à proporção de negros e índios do Brasil para
garantir a diversidade” diz o professor. No DF, lançamento da campanha
discute a igualdade racial.
SE: Mobilização e debate
Em Aracaju, a mobilização aconteceu no calçadão do centro da cidade,
levantando a bandeira da diversidade e da pluralidade na mídia. Os
manifestantes reiteraram que uma nova lei para as comunicações precisa
contemplar a inserção de conteúdo regional na produção e respeito aos
direitos humanos. Para dar sequência ao ato de mobilização, houve um
debate no Sindicato dos Bancários para lançar oficialmente a campanha em
Sergipe. SE: Entidades realizam ato em prol do marco das comunicações.
Rio: Alegorias de um teatro aberto
Os cariocas se paramentaram para expressar a liberdade na Cinelândia
no final da tarde desta segunda (27). Música, teatro e cordel se
articularam nas ruas do centro explicando para as pessoas que o código
que regula a radiodifusão no país comemora seus 50 anos praticamente
intocado, antecedendo até o lançamento do primeiro satélite. Sergival
Silva recitou o cordel sobre a “Peleja de Marco regulatório e Conceição
pública na terra sem lei dos coronéis eletrônicos”. Lançamento da
campanha acontece cercado de alegorias no Rio de Janeiro.
ES: Da assembleia legislativa ao shopping
Em Vitória, também na segunda (27) houve panfletagem em frente à
Assembleia Legislativa e no maior shopping Center da capital, Vitória.
Integrantes do Intervozes ( Coletivo Brasil de Comunicação Social ) no
Estado entregaram uma versão sintetizada da carta de apresentação da
campanha, informando sobre a data e o propósito da campanha. ES: Ato
marca o lançamento da Campanha Para Expressar e Liberdade entre
capixabas
PA: Debate inicial já define agenda da campanha
Um debate na Faculdade Ipiranga deu o ponta pé da campanha em Belém.
Com a participação do Prof. Paulo Roberto Ferreira, da sindicalista Vera
Paoloni (CUT), do artista popular Mário Filé, do jornalista Carlos Pará
e do estudante Victor Javier, dezenas de alunos e cidadãos interessados
puderam discutir as razões e objetivos da campanha, que pretende
mobilizar corações e mentes em todo o Brasil. Os organizadores deste
movimento no Estado deixaram sinalizada a proposta da organização de um
grande debate público, com transmissão pela Internet, para 10 de
outubro, como próximo passo da campanha na região.
PR: A televisão do povo
Em Curitiba, munidos de uma TV de papel e um microfone, os
manifestantes ocuparam a Boca Maldita, no centro, para dar voz e vez ao
povo na televisão. Assim foi o lançamento da campanha, organizado pela
Frentex-PR, mostrando que para expressar a liberdade as pessoas precisam
ter acesso aos meios de comunicação para pode colocar suas opiniões,
fazer circular sua produção artística e cultural, e dar visibilidade
para todos. O ato chamou a atenção para a necessidade de garantir a
liberdade para a atuação das rádios comunitárias e para que cesse
imediatamente a criminalização e a perseguição às pessoas que constroem
no cotidiana uma comunicação mais democrática e socialmente relevante.
Esta campanha também é sua. Saiba como participar
Você pode participar de várias maneiras
1 – Curtindo e compartilhando as publicações da nossa página no Facebook.
2 – Customizando seu Facebook com a marca da campanha e com as aplicações que disponibilizamos para a capa da sua timeline.
3 – Adesivando sua foto
4 – Acompanhando e participando das mobilizações da campanha.
5 – Se cadastrando no nosso site para receber o boletim.
6 – Divulgando a campanha, colocando um banner no site da sua entidade.
7 – Escrevendo sobre o assunto e publicando nos materiais de sua entidade.
8 – Reproduzindo textos e opiniões sobre a campanha.
9 – Contribuindo financeiramente com a campanha
10 – Formalizando a adesão de sua organização – envie um e-mail para secretaria@fndc.org.
Da Redação com informações de Campanha para expressar a Liberdade
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