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sexta-feira, 2 de março de 2012

Mensalidades sobem muito acima da inflação por todo o País. E os salários?

Os índices de reajustes de mensalidades no início de 2012 praticados por diversas instituições de ensino pelo País estão muito acima da inflação. No Rio Grande do Sul, segundo informações do DIEESE/RS, os reajustes na Educação Básica foram de 8,73% e na Educação Superior 8,80%. No Rio de Janeiro, a perspectiva é de que cheguem a até 12%.

Em São Paulo, o Índice de Custo de Vida (ICV) do Dieese foi 1,32% em janeiro, contra 0,5% no mês anterior. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), divulgado pela Fipe, também aumentou em relação a dezembro, mas em ritmo menor, passando de 0,61% para 0,66%.

Nos dois casos, o maior responsável foi o reajuste das mensalidades escolares: 8,35%, segundo o Dieese, ou 6,95%, de acordo com a Fipe. Os aumentos ocorreram em todos os níveis de ensino, com destaque para a educação infantil e o ensino fundamental.

Em Minas Gerais, pesquisa do site Mercado Mineiro mostra que as instituições de ensino superior da região reajustaram os preços das mensalidades em até 32,64%, enquanto o acumulado de janeiro a novembro de 2011 do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado para medir a inflação oficial do país, ficou em 5,97%.

Na comparação com a fração do indicador cheio, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): de janeiro a dezembro do ano passado, o IPCA-15 fechou em 6,56%. Ao todo, foram pesquisados 69 cursos de 21 instituições de ensino superior, sendo que 43 deles apresentaram índices acima da inflação.

O aumento das mensalidades acima da inflação denota o interesse das instituições de ensino em se aproveitar do bom momento da economia, utilizando essa estratégia para ampliação das margens de lucro. Uma prática que deixa ainda mais difícil de entender a resistência da classe patronal em valorizar quem trabalha, aumentando os salários dos professores e dos técnicos administrativos.

É bom lembrar que esse descompasso entre os reajustes aplicados às mensalidades e aos salários é histórico. Não se restringe apenas há esse ano.

Qual será a desculpa para essa negociação?
Tem algo errado no ensino privado!

Fonte: R7, Estado de Minas, Fepesp, com informações da redação
 http://www.algoerradonoensinoprivado.org.br/?p=112#more-112

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